Já falamos anteriormente sobre os diferentes tipos de deformidade de orelha em recém nascidos no nosso e-book. E apesar de ser um procedimento estético, a importância de tratamentos corretivos tem efeitos maiores do que você pode imaginar! Um procedimento precoce e corretivo pode ajudar significativamente na qualidade de vida de uma criança que pode futuramente vir a sofrer com isso, prevenindo que sejam feitas alterações cirúrgicas complexas mais tarde.

As deformidades da orelha podem ser genéticas e mecânicas e são extremamente comuns, o que gera uma alta procura pelo tratamento. Por isso é necessário educar os futuros papais sobre a importância do diagnóstico precoce. Você pode acompanhar a matéria logo abaixo:

Organismo do bebê

 Para entender como o diagnóstico e tratamento é extremamente efetivo, antes é preciso entender como funciona o organismo do pequeno. A sensibilidade e fragilidade do corpo nessa época da vida é extrema, e necessita de cuidados especiais, mas é exatamente essa fragilidade que faz dos primeiros dias de vida serem os ideais para efetuar o tratamento de correção de deformidade de orelha.

Isso acontece porque durante as primeiras semanas de vida, os bebês ainda têm uma quantidade muito grande de estrogênio em seu corpo, advindo da mãe através da placenta. Por isso, todas as cartilagens da criança ficam durante os primeiros dias suscetíveis a modificações, ou seja, suas orelhinhas ainda são moldáveis pois suas cartilagens ainda estão em desenvolvimento.

Diagnóstico

 Existem muitos pais que detectam a deformidade logo cedo, o que facilita no processo de diagnóstico que pode ser feito já com 4 dias de idade. Porém o procedimento após 1 mês de vida do bebê já não tem resultados satisfatórios. Por isso é tão importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes.

Podemos fazer o diagnóstico através da semelhança entre os tipos de deformidade de orelha porém o processo é mais complexo, por isso assim que detectado alguma anomalia é imprescindível consultar um médico especialista antes de tomar qualquer medida.

O diagnóstico precoce é o ponto principal e fundamental no tratamento pois está diretamente conectada com o resultado. O diagnóstico antecipado permite a realização de um procedimento livre de cirurgias, indolor e simples. Procedimento esse que é impossibilitado para crianças mais velhas, que se um dia vierem a sofrer com a deformidade irão passar pela mesa cirúrgica, sendo uma opção muito mais dolorosa e demorada. É importante que pais e mães estejam atentos aos sinais, e assim que percebido qualquer diferença entrar em contato o quanto antes com um médico especialista.

O Tratamento

 Como já foi dito anteriormente o tratamento para casos de diagnóstico precoce é simples e prático. Não utiliza-se cirurgia ou anestesia, trata-se de um molde em forma de orelhinha que quando usado nas primeiras semanas de vida, faz com que a cartilagem em desenvolvimento vá sendo corrigida ao formato do molde. Os resultados são rápidos e nem um pouco doloroso, se quiser saber mais sobre o tratamento e como ele funciona, fique atenta às próximas publicações aqui do blog onde o assunto com certeza será abordado, ou entre em contato com um médico especializado!

Lembre-se que uma intervenção antecipada previne futuros procedimentos cirúrgicos e gera qualidade de vida duradoura de uma forma rápida e sem complicações! Esteja sempre se comunicando com um médico especializado, quanto antes for feito o diagnóstico, melhores serão os resultados!

Se ainda não conhece nenhum médico que faça o procedimento, deixo o convite para conhecer o consultório e ter o acompanhamento necessário nesta etapa da vida!

Dr. Maurício Orel – CRM 105098

Referências:

• Tan ST, Abramson DL, MacDonald DM, Mulliken JB: Molding therapy for infants with deformational auricular anomalies. Ann Plast Surg. 1997; 38:263- 268.
• Kurozumi N, Ono S, Ishida H. Non-surgical correction of a congenital lop ear deformity by splinting with Reston foam. Br J Plast Surg. 1982;35:181- 182.
• MatsuoK,HiroseT,TomonoT,etal.Nonsurgicalcorrection of congenital auricular deformities in the early neonate: A preliminary report. Plast Reconstr Surg. 1984;73:38-51.