Amigdalectomia vs Adenoamigdalectomia: entenda as diferenças entre os dois procedimentos!
A amigdalectomia e a adenoamigdalectomia são procedimentos cirúrgicos comuns realizados por otorrinolaringologistas, especialmente em crianças, mas também realizados em adultos, que envolvem a remoção de tecidos linfáticos localizados na região da orofaringe, mas cada uma tem indicações e objetivos específicos. Explore com este artigo explora as diferenças entre esses procedimentos.
Amigdalas: o que são?
As tonsilas (amígdalas palatinas) e as adenoides (amígdalas faríngeas) são tecidos linfáticos que fazem parte do sistema imunológico que atuam como uma barreira de defesa na infância, fazendo o papel de filtrar os microrganismos, e produzem anticorpos a fim de combater infecções.
- Tonsilas palatinas: Localizadas na orofaringe, são visíveis ao abrir a boca.
- Adenoides: Situadas na parte posterior do nariz, próximas à rinofaringe, não são visíveis pela cavidade oral sem instrumentos específicos.
Com o crescimento, a função imunológica dessas estruturas diminui, e seu papel protetor é gradualmente substituído por outros tecidos linfáticos.
O que é Amigdalectomia?
A amigdalectomia consiste na remoção cirúrgica das amígdalas palatinas. É indicada principalmente em casos de:
- Infecções recorrentes:
- Amigdalites frequentes (geralmente 7 ou mais episódios no último ano).
- Abscessos periamigdalianos recorrentes.
- Distúrbios respiratórios:
- Obstrução da via aérea causada por hipertrofia das amígdalas, que pode levar a ronco ou apneia obstrutiva do sono.
- Outras condições específicas:
- Halitose persistente causada por acúmulo de debris nas criptas amigdalianas.
- Presença de tonsilólitos que geram desconforto significativo.
O que é Adenoamigdalectomia?
A adenoamigdalectomia combina a remoção das amígdalas palatinas e das adenoides. É recomendada em situações onde tanto as tonsilas quanto as adenoides contribuem para os sintomas do paciente. Suas principais indicações incluem:
- Apneia obstrutiva do sono em crianças:
- Hipertrofia significativa de amígdalas e adenoides que causa interrupção do sono e prejuízo no desenvolvimento infantil.
- Infecções recorrentes:
- Amigdalites e adenoidites frequentes, que não respondem adequadamente ao tratamento clínico.
- Problemas respiratórios nasais:
- Obstrução nasal crônica causada por adenoides aumentadas, levando a respiração bucal, ronco e até otites recorrentes devido à disfunção da tuba auditiva.
- Complicações ortodônticas e craniofaciais:
- A respiração bucal prolongada pode causar alterações no desenvolvimento craniofacial, como mordida aberta ou palato ogival.
Diferenças entre os Procedimentos
Aspecto | Amigdalectomia | Adenoamigdalectomia |
Estruturas Removidas | Apenas as tonsilas palatinas | Tonsilas palatinas e adenoides |
Principais Indicações | Infecções e obstruções localizadas | Apneia do sono e obstrução nasal |
População-alvo | Crianças e adultos | Principalmente crianças |
Duração da cirurgia | Mais curta | Mais longa |
Risco de complicações | Geralmente menor | Levemente maior, devido à área ampliada de cirurgia |
A recuperação de ambos os procedimentos envolve cuidados semelhantes, incluindo:
- Controle da dor: Analgésicos são frequentemente prescritos para manejar o desconforto pós-operatório, especialmente nos primeiros dias.
- Hidratação: É fundamental para prevenir complicações, como desidratação e formação de crostas na área operada.
- Dieta: Recomenda-se alimentos macios e frios inicialmente, evitando irritação da mucosa.
- Risco de sangramento: Embora raro, é uma complicação que requer atenção especial durante as primeiras semanas.
Considerações Finais
Tanto a amigdalectomia quanto a adenoamigdalectomia são procedimentos altamente eficazes e seguros, que proporcionam alívio significativo de sintomas e melhoria na qualidade de vida dos pacientes. A escolha entre um e outro depende das necessidades específicas do paciente, que devem ser avaliadas pelo seu médico otorrinolaringologista.