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Alergias Respiratórias

Imunoterapia Alérgeno Especifica – Vacinas Para Rinite Alérgica

Imunoterapia Alérgeno Especifica – Vacinas Para Rinite Alérgica

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A imunoterapia com alérgenos, também chamada de vacina para alergia, é uma forma de tratamento utilizada há mais de 50 anos com o objetivo de diminuir a sensibilidade de pessoas que se tornaram alérgicas a determinadas substâncias. O tratamento consiste na aplicação de alérgenos ao qual o paciente é sensível em doses crescentes por um período de tempo que é variável ( 3 a 5 anos). A imunoterapia induz uma série de alterações na resposta imune que estão associadas à melhora clínica.

Os componentes (alérgenos) que tratamos são os que estão no ambiente, como os ácaros da poeira, pólens, fungos, epitélios de animais

Qual o objetivo da Imunoterapia?
A imunoterapia procura reduzir o grau de sensibilização (nível de anticorpos IgE e da reação nos tecidos) impedindo reações alérgicas imediatas graves – como a anafilaxia – e, também, interferir na inflamação característica das condições alérgicas de longa evolução observadas na rinite alérgica e na asma brônquica.

Quando a imunoterapia pode ser indicada?
A imunoterapia pode ser indicada para pessoas sensíveis aos ácaros da poeira doméstica, pólens, fungos. De modo geral, a sensibilização a estes alérgenos está associada a manifestações respiratórias (rinite e asma). Não existe indicação de imunoterapia para alergia a alimentos e para os quadros de alergia por contato.

A indicação da imunoterapia deve ser fundamentada:

1- na comprovação da sensibilização (presença de anticorpos IgE para os alérgenos),

2- na avaliação da importância da alergia no quadro clínico do paciente e

3- na disponibilidade do alérgeno para o tratamento.

É importante ressaltar que as vacinas com alérgenos não devem ser aplicadas como forma isolada de tratamento. Ao contrário, a abordagem do paciente alérgico deve contemplar medidas de controle da exposição a alérgenos e o uso de medicamentos para controle e prevenção das manifestações clínicas. Desta forma, a imunoterapia com alérgenos deve ser considerada como parte de um plano de tratamento que inclui medidas de controle ambiental e farmacoterapia.

A impossibilidade do afastamento total do contato com o alérgeno, a intensidade das manifestações clínicas que determinem necessidade de medicação constante e a concordância do paciente em receber imunoterapia são fatores que devem ser analisados na indicação da imunoterapia com alérgenos.

Quais os benefícios da Imunoterapia?
A modificação da resposta imune do paciente alérgico é o ponto de capital interesse da imunoterapia. Muitos estudos demonstram a eficácia da imunoterapia com alérgenos na rinite, na asma e nos quadros de alergia a veneno de insetos.

As vacinas para alergia provocam diminuição dos sintomas de rinite e asma, com melhora perceptível na qualidade de vida da pessoa alérgica. Em pacientes com rinite existem estudos demonstrando que a imunoterapia pode prevenir o surgimento de sensibilização para outros alérgenos e também impedir a evolução de rinite para asma.

Qual a melhor forma de aplicação de Imunoterapia?
O método mais utilizado de aplicação de imunoterapia é através de injeções subcutâneas. Estudos recentes com vacinas orais tem demonstrado efeito similar às preparações injetáveis, porém com custo mais elevado e posologia não tão prática. É necessário alertar que as vacinas com alérgenos não são disponíveis em farmácias. A pessoa alérgica somente tem acesso a esta forma de tratamento através de indicação e orientação médica detalhada.

A duração da imunoterapia após a obtenção do máximo efeito clínico ainda não foi estabelecida. Para muitos deveria ser de 3 a 5 anos. Outros advogam tempo maior de aplicação. A decisão sobre a duração do tratamento deve ser tomada em bases individuais.

Quem deve orientar a Imunoterapia?
Para fazer a orientação adequada de imunoterapia o médico deve estar familiarizado com alérgenos relevantes na região e com métodos apropriados de diagnóstico. A escolha do(s) alérgeno(s) para imunoterapia deve ser baseada na identificação da presença de anticorpos IgE específicos (através de testes cutâneos, preferencialmente) para alérgenos ambientais de importância na região. As alergias respiratórias no Brasil estão associadas à sensibilização aos ácaros da poeira doméstica, principalmente. No sul do Brasil se detecta a ocorrência de polinose, sendo as gramíneas as principais responsáveis.

Para orientar a aplicação de imunoterapia o médico deve ter capacitação específica. A imunoterapia com alérgenos é acompanhada de riscos. Ao iniciar imunoterapia o paciente deverá ser informado desta possibilidade e o médico deve estar preparado para tratar reações adversas, que podem ser graves. Reações locais são comuns e pode ocorrer urticária generalizada. Alguns pacientes apresentam agravamento transitório da manifestação clínica após aplicação do extrato alergênico. Nestas condições é necessário ajustar a dose de alérgeno empregada.

Existem contra-indicações à Imunoterapia?
Em pacientes que também sofram de asma é necessário cautela ainda maior, uma vez que apresentam maior risco de desenvolver reações. Pacientes com asma não controlada ou em crise de asma não devem receber aplicação de imunoterapia.

A imunoterapia é contra-indicada em pacientes com doença coronariana, em pessoas que usem determinado grupo de anti-hipertensivo (betabloqueadores) ou que sofram de outras doenças do sistema imunológico, tais como imunodeficiências e doenças autoimunes.