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Otorrinolaringologia

Rinite gestacional

Rinite gestacional

A gestação é uma condição que promove grandes alterações fisiológicas em vários órgãos e sistemas da mulher e o nariz não foge a essa regra. Alterações na fisiologia nasal durante a gestação podem provocar muitos sintomas e desconfortos para a paciente.

A rinite gestacional é definida como obstrução nasal que não existia antes da gestação, ocorrendo tipicamente no segundo e terceiro trimestre, com duração maior de seis semanas, com causa alérgica ou sinais de infecções de via aérea superior.

Estes sintomas costumam se resolver em até duas semanas após o parto.

Além da obstrução nasal, outras manifestações da rinite gestacional são respiração oral, roncos, aumento da secreção nasal, sangramentos e ressecamento da mucosa do nariz. Mulheres que já apresentavam doenças nasais antes da gestação tendem a apresentar uma piora desses sintomas.

O tratamento indicado envolve hidratação nasal com solução salina fisiológica em forma líquida ou gel, especialmente quando a mucosa estiver ressecada. Em alguns casos, a partir do segundo trimestre de gestação, os corticoides intranasais de baixa absorção sistêmica também poderá ser prescrita, além de outras opções de tratamento individualizadas, sempre após a avaliação médica.

Outras dicas importantes para melhorar os sintomas da gestante são:

  • Não utilizar gotas nasais descongestionantes, eles criam uma dependência química e prejudicam o seu bebê;
  • Faça exercícios físicos para melhorar o sono e controlar o peso;
  • Use soluções salinas para lavagem nasal, o que pode aliviar temporariamente os sintomas;
  • Mantenha janelas abertas, casa arejada, evite espanadores, vassouras e tudo que levanta poeira, prefira panos umedecidos
  • Se houver sangramento, não se deite, eleve a cabeça;
  • Evite contato com animais, e evite que subam em camas ou estofados.

Há riscos da rinite gestacional?

Ao inalar menos óxido nítrico por conta da obstrução nasal, pode levar o corpo a hipertensão materna, retardo no crescimento intrauterino, pré-eclâmpsia, apneia do sono e outros problemas. Também usar descongestionantes em excesso pode vir a causar rinite medicamentosa.

É sempre importante procurar o médico para fazer o diagnóstico correto, para identificar se a obstrução é causada pela gravidez ou se já havia antes, para que possa vir a tratar e não piorar o padrão, e evitar que os sintomas causem impactos na qualidade de vida.

A apneia do sono também é possível ocorrer, piorando a qualidade do sono com ronco e apneia obstrutiva do sono.

Também podem vir a ocorrer dores de garganta, dores no corpo, febres e tosse, e isso além de desconfortável, são sintomas parecidos com resfriados ou gripes.

Nesses casos todos, não é indicado utilizar medicação por conta própria, pois pode prejudicar a gravidez e causar má-formação no feto, principalmente se ocorrer no primeiro trimestre de gestação.

Procure o médico nesses casos, leve seu histórico médico e faça acompanhamento, a gestação é um período delicado e quanto menos riscos e melhor bem estar, mais saudável a mãe e bebê estarão.